sábado, 28 de fevereiro de 2009

Portas

Alguém me ajuda a lidar com a ansiedade?

Alguém me ajuda a ler os livros que eu devo ler, alguém me ajuda a escrever as histórias que eu quero escrever, alguém me ajuda a falar as palavras que tento falar.

Imagino que tipo de mundo seria o nosso se todas as pessoas fossem completas e perfeitas. O medo dá lugar a coragem assim como a fraquesa dá lugar a força e não há vida sem morte.

Eu podia filosofar muito sobre a morte e a vida, mas... é engraçado: tem coisas que eu só gosto de falar, não de escrever. Eu AMO escrever, de coração, mas tem certas coisas que eu acho que não deveriam ser escritas, apenas faladas. Algumas cartas nunca se compararão a algumas conversas. Se o inverso é verdade eu ainda não sei. Acho que tem muito também do fato da corporeidade presente em conversas orais não mediadas por instrumentos de longo alcance. Proporciona quase um encontro. Ou talvez só ocorra em um encontro e justamente por isto que letras não as substituirão: Pois tem coisas que só tem graça em um encontro. Encontro de amigos, de sonhos, de amores, de dúvidas e etc...

Pra finalizar, uma poesia do meu primeiro livro "Dúvidas e Incertezas de um Jovem em Transição" escrito entre 17/10/06 e 29/10/06.

PORTA FECHADA

Muitas vezes quando chego em casa
a porta do meu quarto está fechada.
É como se alguém tivesse tomado posse dele.

Me lembrei agora
que eu também tomei posse dele.
Assim como agora sinto que o perdi.
Mas eu não o perdi.

Por que os seres humanos teimam
em sentir coisas que não são reais?
Estou cançado já

Tomei uma decisão
Vou tomar posse do meu coração
E por enquanto - para me proteger -
Ele está de porta fechada.

20/10/06

Um comentário:

TH disse...

Rapaz... Profundo viu!
Eu sempre fui melhor com as palavras escritas do que com as faladas. Prova disso são os meus textos no walkin on a dream. Mas e tu? Apesar de gostar da conversa falada, se sai melhor em qual?