quinta-feira, 27 de novembro de 2008

R

Ultimamente eu tô tão sei lá. Acho que as cobranças que tenho para comigo são tão pesadas que quaquer critica fundamentada me abala. A minha noção de eu não consegue abarcar todos os meus defeitos, cada vez eu me sinto mais incapaz. Mas eu sou tão paradoxal, que as vezes eu tenho meus momentos de talentoso Ripley, ou, David. Eu sou tão paradoxal que eu nem sei. Odeio precisar de tempo pra simbolizar as minhas experiências, o que me deixa sem respostas imediatas e concretas para os argumentos, até os infundados, que venham a abalar a minha noção de eu; mas eu não quero distorcer nada, não sou um Skywalker, a força não é mais forte em mim do que nos outros. O medo de gostar de outra pessoa também existe, as minhas fantasias infantis aos poucos vão caindo, embora eu ainda saiba, do fundo do meu coração, que eu ainda vou fazer um jogo, no minimo um. O nome do jogo do Raymond será R. Nome estupido. Esse R vem de "Mania de megalomania ao ponto de achar que nenhum dos nomes que me vem a mente é bom o bastante para a obra-prima que tenho em mãos". Por que que quando a gente não completa uma certa idade alguém não nos mostra aluguém que terá que ser o único amor das nossas vidas e nós amamos essa pessoa achando que nunca seremos capazes de outra outra pessoa em todo o mundo? Era o que faltava para fundamentar a sociedade ideal. E eu queria ler Admirável Mundo Novo, mas não tem em lugar nenhum. Olhe para frente David, nosso mundo em si já é admirável. A questão é: O quanto dele você realmente conhece? E o quanto ainda tem pra conhecer? Vontade louca de chorar, mas é só vontade, reflexiva. Falta o pre-reflexivo. Ou talvez o ombro certo. Mas quando o ombro certo é o da pessoa errada? Oh céus I need Drugs, I need Bono. And Rock'n Roll.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Controle

Eu não tenho o controle. Mas estou tentando ter. Er... sei lá.

Eu tenho medo de mim mesmo. Eu não sei se o possivel encontro e o compartilhar momentos e vivências daria certo com uma pessoa que tá tão longe do que eu sou, mas ao mesmo tempo tem todo aquele envolvimento afetivo que me faz querer passar a mão e alisar aqueles cachos.

A pergunta crucial é o quanto isso tudo vai me afetar e o quanto eu posso mudar com isso. E até quando essas mudanças vão ser boas pra mim ou não vão ser boas. Mas... o que é o bom?

Eu não queria negar nenhuma das minhas construções. Ao mesmo tempo, me vem a mente aquela história de que crescer implica abandonar certas coisas, sonhos e pensamentos para adotar novos, mais maduros ou mais atuais.

Hoje a seleção do Nucom foi boa. Deixou em mim uma frase que eu escrevi no momento de partilha:

"Quanto mais eu aprendo, vivo, experiêncio, erro, sorrio, reflito, choro e cresço; mais eu vejo o quanto eu aindatenho para aprender, viver, experiênciar, errar, sorrir, refletir, chorar e crescer."

Então, eu não sei. Termino dizendo que eu não sei.
As vezes, eu tenho medo de mim mesmo, porque todo o poder para decidir que escolhas eu irei tomar estão em minhas mãos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Comentário q virou post

Rolaram algumas identificações (entre mim e o texto). Mas eu digo que eu sei viver e que não tenho medo da dor. As vezes eu agradeço pelas dores que vêem. Ultimamente não estou negando nenhuma delas, assim como nenhum dos meus medos e das minhas alegrias.

Não, eu não sei viver. Quem sabe já aprendeu tudo o que tinha que aprender e eu só tenho a aprender. Eu estou aprendendo a viver, aprendizado este que só terminará quando morrer ou quando eu me tornar realmente ignorante.

Me preocupo com o trabalho de Social II, mas não por mim mesmo. Se fosse por mim eu já tinha parado, eu me contento com todos os 7 do mundo. Mas eu não consigo deixar de pensar nas pessoas que estão contando com essas duas páginas que eu definitivamente não sei escrever. E eu só lembro mais é da Raquel, o meu desejo de não decepcioná-la, de mostrar pra ela que não é só ela que tá aí pra construir alguma coisa, alguma psicologia, que tá dando duro nesse trabalho.

2 páginas. Se eu escrever 2 páginas agora, eu serei um herói para mim mesmo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Deus

Eu acredito em Deus. Embora algumas vezes eu tenha uma tentação muuuito grande em dizer que ele não existe, principalmente quando estudo sociologia. Queria que a Teologia da Libertação me consolasse, mas ela tá tão longe agora, e a teia acabou. Mas eu acredito em Deus. Acho que só não sei quem ele é. Mas eu não sabia antes? Por que não sei agora?

Eu não o critico. Acho que deve ser duro ser Deus. Sério... dar o seu filho pelo mundo e... as pessoas riem dele, cospem, maldizem o seu nome e o usam para ridicularizar a religião.

O que eu acho mais foda é que as pessoas que não acreditam não se contentam em não acreditar e precisam oprimir os que acreditam. E o que eu acho mais foda ainda, muito mais, é que o inverso também é válido.

Mas eu acredito em Deus. u.u
Depois que algumas coisas acontecem com você, nem o maior teórico do mundo da psicologia, filosofia ou psicologia podem te convencer do contrário.


Ai, eu quero 40 reais! E amanhã é seleção do nucom e é reunião do CORETUR. Queria fazer mitose. Se o dinheiro q eu tenho agora fizesse mitose, apenas um única vez, eu seria uma pessoa mais bem resolvida.

A vida é líquida? Hummmm. Acho que a minha vai ficar que nem sorvete. E vai ser napolitano. (L)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Raymond - parte 2

Atendendo a um pedido do Geo eu coloco aqui a parte 2 do Raymond. A parte 3 eu só vou escrever nas férias, pq eu tô sem tempo existencial pra respirar.

Parte 2 - Tudo Mudar

Raymond está detido como suspeito, mas sob cuidados uma vez que entrou em choque. É quando um policial, de nome Armando, chega para fazer algumas pergunta ao Raymond, procurando saber se ela tinha inimigos, ex-namorados, se ele tinha ciúmes. A enfermeira entra e interrompe a conversa.

Raymond chega em casa duas horas depois, de carona com o amigo, Leonardo. Ray diz que se sente estranho, como se tudo fosse um sonho, fosse irreal. Leonardo aconselha que Ray durma e não vá trabalhar nem estudar amanhã. Então Raymond dorme, sem chorar, e quase sem sonhar...

"Raymond, uma amiga sua veio lhe ver."
"Raymond, você vai embora?"
"Não, eu não vou embora!"
"Não vá embora Raymond!"
"Não, eu vou ficar. Eu vou ficar aqui com você."

No dia seguinte, Raymond acorda e começa a chorar, pois o mundo ainda é o mundo. De tarde, Armando aparece para conversar. Raymond não gosta de ser tomado como principal suspeito. Mais para o fim da tarde, Leonardo e a namorada vão visitar Raymond, que mal acredita ainda no ocorrido. Raymond quer ficar só. E começa a mergulhar em lembranças e em choro. A noite preenche o mundo. Raymond recebe uma ligação, Armando, querendo fazer apenas mais uma pergunta: "O que foi que você fez no dia 14 de março de 1988?". Raymond responde que não pode responder ainda por ser um fato de 10 anos atrás. Ele desliga. Talvez...

Raymond liga para o escritório. Caio atende. Caio parece não viver para outra coisa senão para o Olympus, por isso, ele sempre fica até mais tarde no escritório. Raymond pede à Caio que traga o diário velho para a casa dele. Caio, inesperadamente, aceita fazer isso hoje. Raymond toma um banho, troca de roupa. Mas ainda sente um estranho vazio na vida. Ele senta em frente a Televisão, mas não a liga. Uma amiga sua morreu... um dia, ele quis casar com ela... e então ele vê pela tela da televisão o reflexo do homem vindo com uma faca de cozinha atrás dele. O homem com a meia na cabeça. Raymond tenta reagir e tira a arma da mão do assassino, que sai correndo pela porta da frente. Raymond não consegue o impedir. Ray se tranca dentro de casa, chama a polícia. Alguém bate na porta. É Caio, ele trouxe o velho diário. Raymond o pega, mas a sua cabeça está muito ocupada com mil coisas. Logo logo depois o policial Armando bate na porta. Raymond pergunta à Raymond o que tem de mais nessa data. É quando Armando lê um bilhete anônimo que Virginia recebeu fazia pouco tempo. "Você se lembra do que aconteceu? 14/03/1988"

Raymond pega o diário queimado e passa as suas páginas ilegíveis, uma por uma, até chegar em uma página que não foi queimada, talvez a única. É de um fato que aconteceu no dia 14 de Março de 1988. Raymond começa a ler os fatos para Armando em voz alta, e começa a ficar lento e grogue. Por um momento ele pensa que começou a dormir e estava tendo de novo aquele sonho. 14 de Março de 1988.

Raymond tem 13 anos de idade. Ele e Virgínia entraram, assim, só por brincadeira no 'terreno' de um senhor que tem uma situação financeira superior do que os outros moradores. Assim, só por brincadeira.

Raymond estava sonhando novamente com aquele dia. O dia em que o Taveira, como era conhecido, estava passeando com o cachorro, quando este farejou alguém dentro da propriedade. Virginia ficou com medo ao ouvir os latidos. Virou-se e saiu correndo. Mas Raymond ficou parado. Mas... desta vez, o sonho estava um pouco diferente. Ele não estava nervoso, as pernas não termiam, a testa não suava. Como se ele soubesse o que ia ocorrer, e realmente sabia.Mas nesse sonho, estranhamente era como se o Raymond criança soubesse o que fosse acontecer antes de acontecer. Por um momento Ray até sentiu que poderia virar-se e correr... mas ele sabia o que ia acontecer, se virou para o mesmo esconderijo de sempre e se agachou lá... mas desta vez teve algo de diferente. Era como se o Raymond criança não fizesse isso porque era a única coisa que poderia fazer naquele momento, mas porque era o que ele sabia que ia acontecer, e por saber que ia acontecer desse jeito, ele fez desse jeito.Não tardou o Taveira, com seu cachorro, encontrou Raymond em seu esconderijo, agachado. E Raymond sabia o que iria ocorrer depois daquilo, sabia como ia ficar a sua vida, não por causa do fato em si, mas de tudo o que ele acarretou. Sabia o que o futuro lhe reservava, como iria ser com Virgínia, com sua mãe, com o colégio, e o sentimento que a partir daquele dia iria sentir toda vez que visse o Taveira. Sim, ele sabia de tudo.

E Raymond não estava chorando.

domingo, 2 de novembro de 2008

Promessas

Em uma caixa de tênnis
eu deposito a minha esperança de um futuro melhor.
Para nóis dois.

E eu sei que daqui a cinco ou dez anos a gente casa.
100 reais e eu garanto pelo menos um sorriso.

Amor, no final das contas, é mais do que beijar.

Amar é ser ridiculo.

E eu espero
a mais ridicula vida
que pudermos ter.