quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Raymond parte 3 - A

"Raymond. Uma amiga sua veio aqui lhe ver."
"Não vai embora Raymond."
"Eu vou ficar aqui."
"Eu vou ficar com você"

Escritório de Arquitetura. Raymond, estagiário, liga para um amigo, Leonardo, porque de novo teve o mesmo sonho. Porém, desta vez, o sonho estava diferente, e ele foi um pouco mais longo do que o normal. Leonardo diz que é muito interessante isso tudo, mas que ele não tem muito tempo livre no momento e que depois eles podem conversar. Estamos em 2008, 12 de Junho, dia dos namorados. É uma quinta. Raymond tem 24 anos. Se inicia uma reunião para tratar sobre o Projeto Olympus. O chefe do projeto está bastante contente porque ele já pode avançar para a segunda etapa. O Edifício que irá revolucionar a forma de se pensar em construções. O chefe do trabalho passa as novas metas para cada funcionário. No final da reunião, Raymond, por impulso, diz que acha que tem algum erro no alicerce. O chefe diz que já foi verificado e que não há nada, mas vai ver isso. Perto do horário do almoço, Caio pergunta para Raymond em base no quê ele falou aquilo, e Ray responde que foi por causa de um sonho.

Raymond vai até a V Lanches durante o horário de almoço. “Eu sonhei que ela morria. Foi terrível. Eu... eu não quero...” Ele chega para conversar com Virgínia, mas ela não o recebe bem. Raymond diz que tem a noite livre e ele poderia, assim... mas Virginia interrompe, dizendo que não. Que ele não pode fingir que nada aconteceu e que ela ainda está brava com ele, e talvez eles não façam as pazes tão cedo, se fizerem. Raymond fica sem entender nada, Virgínia saí, dizendo que está no horário de almoço dela e diz que depois eles se falam.

Raymond vai até a calçada, sem entender nada. O que ele fez? Por que ela estava com tanta raiva? Até ontem estava tudo bem. De repente Raymond sente como se estivesse sendo vigiado. Mas era mais do que uma sensação paranóica, ele sentia a presença de alguém, alguém que ele sabia que o estava vigiando, se aproximando, se escondendo por entre a confusão que é criada pelos carros de pais e pelos alunos querendo voltar para casa (A ‘V Lanches’ fica em frente a uma escola). De repente a sensação some e só então Raymond percebe que o seu celular está tocando. Lucas. “Mas que é Lucas? De onde é que eu gravei esse número?” Raymond atende. A voz do outro lado da linha soa familiar:

-Raymond, você está por perto? Eu queria ter uma conversa com você.

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