terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Eu não suporto essa ausência. Por quê você teve que sair da minha vida, se antes eu tinha uma hora diária de alegria? Eu me odeio por ser a pessoa que espera. Eu me odeio por ser compreensivo. Eu me odeio as vezes por me apegar. Minhas necessidades me atrapalham o folêgo. Eu olho para as horas e vejo se os números se repetem, 23:23, mas quem garante que a pessoa que está pensando em mim é a pessoa quem eu quero que pense; e quem garante que alçguém está pensando em mim só porque ao ver as horas os números se repetiram ou era uma hora exata. Por que as ligações ocorrem mais frequentemente antes do beijo, antes da noite, antes dos braços? Por que as vezes a gente pensa que coisas são coisas e outras coisas são outras coisas? Mas quando as coisas são na verdade outras coisas? Eu queria ter coragem, meu coração acelera a cada pensamento que eu não devia ter. Eu queria ter como me distrair mais, mas ultimamente eu estou meio isolado. Dois filmes não bastam para me afastar de você, pessoa quem eu não falo mais. Dois dias parecem muito. Necessidades são minhas. Beijos são detalhes, eu quero um chão, uma voz. Só me resta esquecer, mas esta solidão, essa ausência dói demais. Eu escrevo, mas eu queria mesmo era que o telefone tocasse, eu queria mesmo era ouvir que nunca mais, ouvir que jamais, ouvir que é demais. Mas essa ausência de saber me dói demais. Eu escrevo querendo que o tempo passe mais rápido, que o telefone toque quando eu menos esperar, mas é inútil porque as palavras jorram. Elas jorram. Eu só queria que essa coisa no meu peito parasse. Onde está você, meu amor, quando eu preciso te confessar que eu sofro por outro? Eu sofro por pouco. Eu sofro, querendo não sofrer. Mas assim sou eu. Eu sou fácil demais. Eu sou patético. Ah, essa ausência me mata.

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